Saudade de não ser curtida.

Eu tenho saudade de quando as pessoas queriam conhecer outras para se apaixonar, para ter algo sério. Tudo bem, eu também fui um tempo assim...Muito tempo aliás, mas quando acontece ao contrário: você ter vontade de parar num canto, e a outra pessoa só quis te conhecer para te fazer de mais uma, para curtir...é foda. Hoje com as redes sociais é muito cômodo conquistar alguém, conhecer alguém, se apaixonar...Para que conquistar uma mulher, se dedicar a uma, se ele pode ter um leque delas a qualquer momento? Só colocar solteiro no status do facebook, dez interessadas curtem, só postar uma foto mais tcham, outras dez curtem e comentam: "lindo" . Aí eles gostam, tem muita opção, ter só uma fica sem graça... É muito fácil ser solteiro hoje em dia, e divertido também confesso...Mas eu já to cansada dessa vida sem regras, superficial. Eu gosto de ser inteira, da intensidade. Eu sinto falta. Eu sonho alto...Eu queria só que alguém me curtisse a ponto de não querer só uma curtição comigo. Só. Que venha 2013 e todas suas expectativas...Enquanto ninguém me curte assim, eu vou curtindo por ai. FELIZ ANO NOVO DE NOVO.

OLHAR?

Agora que ela estava livre para se apaixonar tranquilamente, sem o passado pesar, ela simplesmente resolvia se apaixonar por todos que dava o mínimo de atenção. Não precisava ter a pegada. 5 minutos de conversa, fez ela se sentir única e especial, pronto! Um forte candidato a ser sua paixão. Não paixão para vida toda, porque o próximo passo era ela se enjoar, se confundir e no prazo de uma semana no máximo você já não era o grande amor da vida dela.
Isso acontecia sempre, que nos últimos meses então ela resolveu não se apaixonar. Ou pelo menos, se apaixonar "in off" ou seja o cara não precisa saber nem metade, ou muito menos ser correspondido as tentativas dele. Porque ele ia se machucar ou se decepcionar, era fato. Ela se demonstrava então a garota liberal, forte, moderna, independente de homem, que não queria se casar. Pura ilusão!

Agora, um olhar tem intrigado ela há 2 semanas. Isso já é raro, mais que uma semana que ela tava vidrada. Estava firme e forte indo para a academia, já era de se imaginar que não era apenas por saúde, havia algo, um professor, que desde que se viram pela primeira vez não param de trocar olhares descaradamente. Ele pára a aula quando a vê, só para trocar o olhar mais de perto indo ao bebedouro. Isso sempre, pelas contas dela não era normal, então tinha algo a mais. Ela ia para academia para ver ele, ela malhava pensando na hora que ia buscar os colchonetes e acessórios que permaneciam perto da sala que ele estava. Tava uma situação supostamente gostosa de se viver, uma admiração de ambas partes, uma coisa meio adolescente. Seria legal se não fosse com ela. Porque com ela, os olhares que só eram olhares a incomodava. A necessidade de certezas sempre eram necessárias, justamente para ela ter a opção de desiludir, porque se ela tivesse certeza das intenções dele, ela não estaria toda encantada, e sim mais pé no chão, e o cara teria que conquista-la. E ela gosta do encanto mas não suporta criar situações na cabeça dela e não acontecer. Ele chega perto, ela fica sem jeito, não tem coragem de trocar uma palavra e vice versa. Ele conquistou ela sem saber, sem ela o conhecer verdadeiramente, uma coisa que se ela acreditasse, seria paixão a primeira vista. Mas ela não acredita mais em contos de fadas, nem amores assim, então ela tinha necessidade, buscava a todo instante desmascarar aquela suposta farsa que estavam vivendo. Mas a troca de olhares só aumentavam, ele quase conseguiu dar um oi quando a viu, mas preferiu dizer balançando a cabeça. Ele também era tímido? O que ele esconde? É casado? Tem namorada? Ela só se iludia mais com as dúvidas, nada fazia o encanto sumir, quanto mais dúvida tinha, mais ela ficava vidrada nele para descobrir o que ele esconde, o que ele realmente queria. Talvez eles fiquem só nos olhares, ou possam viver um passatempo, um caso qualquer ou quem sabe um romance mesmo, o nome dele ela já tinha descoberto e achava que tinha dado um grande passo na situação...Ou, o mais provável para quem a via naquele momento: a TPM tava durando mais aquele mês. 

Quero

Quero um celular novo, uma blusa de frio de couro, uma calça jeans que eu realmente goste, uma blusinha de balada, uma saia estilo folk. Quero pacientes para eu atender, quero uma bolsa de guardar esteto, quero salário logo, quero sapatilha de oncinha. Quero um sneacker, é assim que escreve? Quero tudo da moda. Quero férias toda hora. Quero uma nova cor de cabelo, quero uma sombracelha perfeita, quero entrar na academia, quero menos aftas. Quero bolo de milho cremoso, bolo de chocolate com cobertura, e de cenoura também, quero chocolates infinitos. Quero fotos novas, um novo book. Quero menos neuras, mais sensatez, menos lágrimas, menos confusões. Quero que os medos sumam. Quero amigos novos, pessoas novas, um amor novo quem sabe. Quero os amigos antigos, mas não amores antigos, não quero nem fantasmas deles. Quero mais atenção, mais aventura, mais novidade, mais loucuras. Quero tudo e ao mesmo tempo quero nada. Quero prever menos, quero acreditar mais. Quero mudar, quero ser. Quero, só quero.

Como ele é lindo. Disse Lilian assim que se apaixonou pela vigésima vez em uma semana só. Poderia ser mais um que ela sempre se encantava...Mas não durou um momento. Ela já pensava nele há 1 semana, todos os dias em todos os momentos. Isso não era normal, já que Lilian adorava se apaixonar por muitos justamente para não se apegar a nenhum. Mas aquele dava sinal diferente. Ela criava planos. Estava completamente iludida e o pior: Ele não demonstrava tanto interesse nela, ele é reservado, fechadão... Apenas era simpático demais. A voz dele não saia da mente dela..Logo Lilian que era durona, sempre fechada ao amor foi cair nessa armadilha? Ela pensava qual o momento que o feitiço da paixão entrou? Parecia uma menininha com seu amor platônico. Mas Lilian já tinha 24 anos e seus planos era não se apaixonar e ser bem sucedida profissionalmente. Agora é só uma questão de tempo para o feitiço se desfazer, ela voltar ao normal e ele ser mais um. Assim todos esperam, que Lilian saia viva deste causo. M.M.

do coração.

Enquanto muitos se preocupam em pesquisar o quanto de padres na Igreja católica se corrompem...Eu prefiro ver os santos.
Santo? Sim. Padre que ressuscita não é santo? Que sempre acolhe não é santo? Santo também tem defeitos e pecados, nem por isso deixa de ser santo, pois todos os santos foram humanos aqui na Terra. Então,o meu padre é santo. Pois estava morta e voltei a viver, estava cega e voltei a enxergar. 

=)

EXtratégias

EXtratégias

“Então, acabou mesmo?” Foi a última coisa que disse aquele dia para o Leandro antes de eu sair pela rua correndo de chorar quando ele disse: “Catarina, não há mais nada a fazer por nós!”. Ele ficou gritando na rua depois, com medo que eu fosse atropelada, mas eu seguia cega, nem sei como cheguei à casa da minha amiga aquele dia.  Foram 4 anos juntos, e que gerou a pequena Lara, ela nasceu com 1 ano de namoro apenas, foi um susto, mas graças a Deus eu já tinha 18 anos e meu pai levou esse fato como um consolo, a filha dele mais velha engravidou maior de idade. Na época foram conturbadas as coisas, mas foram se ajeitando.

Com a bebê com 1 ano fui morar na casa do Leandro. Uma mudança e tanto. Acho que foi isso que estragou nosso amor, tanta convivência, e a sogra criticando tudo. Fora que ela não gostava do jeito que eu cuidava da minha filha. Mas não reclamo, ela também me ajudou alguns momentos para eu voltar a estudar.  

O ano depois da separação foi o mais complicado. Foi decidido que ele ficava com a Lara a cada quinze dias. E eu queria levá-la na casa dele, mas ao mesmo tempo não sabia como agir na frente dele, meu coração saía pela boca toda vez que o via e na minha cabeça o que eu mais queria é que quando ele me visse ele pedisse para voltar e dissesse que me amava. Claro que não foi isso que aconteceu. A primeira vez que levei Larinha, ele abriu a porta abraçou a menina e eu fiquei paralisada, sem uma só palavra, nem me despedi da menina. Ele perguntou: “Tudo bem?”. Eu não respondi. Virei e fui embora, voltei chorando, mas dessa vez não corri, caminhei, e todos me olhavam com dó pensando que eu tinha voltado do cemitério. 

Resolvi passar na casa da Sofia, aquela minha amiga que fui à casa depois do término. Quando ela me viu a primeira coisa que disse foi: “Amiga, que roupa é essa? Que cara horrível”.  Amigos deveriam nos colocar para cima nessa hora. Enfim, ela reclamou de tudo, de que chorar ia me deixar mais feia, que eu tinha que ficar bonita para que quando ele me visse ele ficasse surpreso e tudo mais. Enfim, ela me emprestou umas roupas com decotes e apertadas porque nunca mais usei isso depois que engravidei, me maquiou, comprou uma tinta de cabelo num tom mais escuro para eu mudar. E mudei, mal conseguia me mexer com tanto decote e calça um número menor que o meu e maquiagem extravagante. Meu cabelo até que gostei, não pintava há meses. No outro dia era domingo, precisava buscar a menina, e fui daquele jeito.  Quando fui pegar minha filha  no colo minha calça rasgou, é podia ser pior. E o Leandro quando me viu ficou com vontade de rir, segurou o riso e disse: “Legal seu cabelo”. E entrou. Foi um desastre!

Liguei para Sofia, falei um monte! Ela falou que se esqueceu de um detalhe: “Cat, ele tem que ver que você é requisitada! Aparece com outro na frente dele pra você ver. Ele vai pirar!”. Mas eu não tinha ninguém, e o Leandro conhecia meus amigos e primos, ninguém poderia passar por algum pretendente! Aí veio a idéia! Depois de 15 dias fui eu com uma calça do meu número, maquiada, me sentia até bonita levar a Lara para passar o final de semana com o pai. Assim que ele abriu, ele perguntou como sempre: “Tudo bem”?”Eu respondi: “Perai... Alô? (como alguém tivesse ligado), oi gato! Já vou te ver, beijos” Ele olhou com um olhar esnobe e entrou. Pensei: “Será que ele ficou desconfiado?” E não fui embora chorando dessa vez, e sim toda alegre pensando que o plano poderia ter dado certo. Fiquei esperando a semana toda algum sinal dele me ligar, ou perguntar para alguém de mim. Nada. Ainda tentei, coloquei relacionamento sério no facebook para ver se ele reagia, mas nada.  Ainda insisti nesse plano mais algumas semanas, mas era como ele não tivesse me vendo, como nada tivesse acontecido, e eu era apenas uma conhecida que ele não queria saber notícias.

Fui falar com minha psicóloga e ela me orientou a ser sincera, não fingir algo que não era real. Então fiz o que ela disse, mas este plano também não deu muito certo. Ser sincera para mim piorou as coisas. Quando o via, implorava o amor dele. Abraçava-o, dizia que o amava, chorava, tentava arrancar um beijo e ele me evitava e dizia: “Se você continuar a trazer a Lara e fizer esses escândalos eu vou começar a falar para minha mãe buscá-la”. Minha sinceridade era escandalosa e desesperadora, fazer o que... Comecei a ligar 30 vezes por dia. Até que ele mudou o telefone, deixava mensagem no facebook dele toda noite e publicava coisas depressivas em meu mural.

            Ele chegou a falar para meus amigos próximos para cuidar de mim, que ele estava preocupado com minha situação, que ele não suportava mais. Assim, a estratégia mudou de novo. Arrastada por meus amigos, eu comecei a freqüentar baladas enquanto ele cuidava da Lara, e comecei a me divertir, dançar, era bom. Em uma balada conheci Débora. Ela me disse que eu tinha que aprender a ser má com homem, que eles gostavam de serem pisados. Comecei a sair com ela e ela me tornou bem ruim. Levava Lara para o pai com fralda suja e não levava roupas, o tratava estupidamente. Ele dizia: “Tudo bem?” e eu respondia: “O que você tem a ver com isso?” Fora os palavrões que fazia questão de falar. Comecei a pegar minha filha atrasada, ia buscar ela meia-noite alguns finais de semana. Meu facebook virou só de frases feministas, achava que estava arrasando.

 Em vez de ele gostar de ser pisado, foi falar para o juiz que eu não estava sendo uma boa mãe. Pois estava vivendo de baladas, falando palavrões, tinha transtornos bipolares e não cuidava bem da menina. Tudo que minha ex -sogra queria, eu comprovei para ele.

Enfim, quase perdi a guarda minha filha neste um ano tentando impressioná-lo. Tentando fazer que ele me quisesse de volta. Aí cai na real. Estava perdendo o que eu mais amava, para impressionar um homem? Então achei o ponto neutro da minha vida. Sem desespero para ele voltar comigo ou para encontrar alguém. Simplesmente seguir. Comecei a levar Lara e me despedia dela por um bom tempo, abraçando bem forte e falando para respeitar as pessoas que iam cuidar dela, a se comportar. Voltei a ser eu, a ser a mãe de sempre, eu amava aquela menina e amava educá-la.

Comecei a pensar em mim, comecei a fazer curso de moda que sempre quis, conheci pessoas novas. Ocupar a cabeça com outras coisas. E Leandro aos poucos foi ficando para trás. Gostava de vê-lo, de bater aquele papo: “Tudo bem Catarina?” “Tudo ótimo Lê. E você?” Aquele “tudo bem” dele não me causava efeitos, nenhuma raiva. E ele respondia: “Tudo também. Quer entrar para tomar um café?” E eu: “Ah Leandro, não tomo mais café, esse vício já me desfiz. Quem sabe outro dia. Tchau, tchau!” Mal sabia ele, que o vício que eu tinha dele, também estava me desfazendo...

Finalmente percebi o olhar diferente, ele me olhava admirado agora, sem dó, sem espantos. E eu gostava daquilo. Não esperava nada além daquilo. Só aquele olhar bastava. Eu queria arrancar olhares assim não só dele mais de muitas pessoas. E assim pude seguir e dar novas chances para mim, finalmente me senti realizada e feliz. Já estava pronta como mulher para ter novamente um relacionamento com qualquer pessoa. E o Leandro? Ah vocês não sabem! Ele acabou me ligando, combinamos um jantar semana que vem, o que vai dar eu não sei, estou sem expectativas, acredite. O importante é que descobri que com ele ou sem ele eu posso e vou ficar muito bem! A minha estratégia é não ter estratégias!

Mayara M.

Revolta

Com a internet, a moda agora é ser revoltado.
Revolta com algum texto, com a atuação de alguma atriz, algum fato, contra a globo, contra os gostos de cada um, com os compartilhamentos, com alguma nota, contra o humor,  ou o mal humor, até a opção religiosa de cada um é discutida.
 Enfim.Liberdade de expressão.. legal cada um tem o direito de criticar tudo, mas sério, cada um é cada um, há coisas desnecessárias a se revoltar. Cada um tem seu gosto, se eu for me revoltar com tudo que acontece a minha volta e eu não concordo, to ferrada. E vamos acordar essa revolta da internet nunca mudou nada. Nunca fez nada revolucionário. Sempre se achar superior ou ter algo a criticar nunca edificou ninguém,muito menos a quem critica. Só aumenta o seu falso ego e abaixa o seu bom senso. Fala sério. Você na "vida real" também critica tudo e todos a sua volta? Que saco você deve ser hem... Tem amigos? 
Porque essas pessoas revoltadas não se revoltam realmente com alguma coisa decente? 
Tipo a corrupção? Seu dinheiro é roubado a todo o momento e você perde tempo criticando coisas fúteis. Sei lá estudar mais, estudar sobre política, sobre meio ambiente, sobre saúde e cuidar da SUA vida, e em vez de criticar, ajudar as pessoas com boas idéias! Olha que revolucionário?
 Porque em vez de você perder tempo criticando tudo você não vai e faz algo bom? Alguma boa-ação, ajudar alguém? Aposto que no seu mundo fora da internet tem muita gente precisando ouvir algo bom, uma palavra amiga, ou precisa de uma roupa e você esbanjando aí no seu armário? Faça uma limpeza na sua mente, e veja o que realmente você precisa se revoltar e agir. Atacar os textos alheios, os humoristas ou os céticos ou os mais diferentes que muitas vezes falam merda, mas falam também a verdade, atacar a arte, atacar coisas que você não entende. Olhe para você. Você é o ser que mais fala merda, todos nós. Todo mundo é composto de coisas boas e coisas não tão boas. Ninguém nasceu para agradar a todos. Porque somos humanos e erramos, e a vida é para errar, é escola. Acredite. Você não é superior a ninguém, nem porque você tem um curso universitário, nem porque você se acha foda porque é contra tudo e todos. Você é só mais um na rede social querendo dar uma de revoltado.
Mas eu entendo todos passam por isso, essa fase revoltada da internet...
...Olha eu aqui também revoltada contra os revoltados...


Vamos tentar levantar da cadeira em frente ao PC?
 Pode ser um grande passo.
Beijos!